Segundo texto de Rejane Paiva, que apresenta o livro, sua primeira constatação  considera que  o autor, que nunca almejou o campo das reflexões teóricas da Academia, é claramente um homem pragmático e seu pensamento provém de sua prática musical, seja como integrante de coro, como maestro, instrumentista, como compositor, professor ou arranjador. O fazer, o saber fazer e a normatização do conhecimento permeiam cada parágrafo desta obra. Os exercícios sugeridos revelam muito da sua própria formação. Portanto, é de se destacar que o livro não propõe uma receita infalível de arranjo, mas indica um caminho seguro para desenvolver seu estudo e chegar ao seu próprio resultado pessoal. É um tratado que pode guiar a formação dos nossos maestros arranjadores. .

       Alguém que tão generosamente partilha seus métodos, revela de maneira tão inequívoca seu savoir faire, tem certamente o direito de sugerir o melhor caminho. Sua didática vem da longa experiência no meio coral, da enorme habilidade na escrita, do aprendizado seguro com mestres como Damiano Cozzella, Samuel Kerr e Osvaldo Lacerda, e dos inúmeros cursos de arranjo ministrados pelo país afora.

       Este livro é para o músico que quer obter de maneira sintética, sem especulações improdutivas, o conhecimento básico indispensável para se escrever arranjos corais advindos de um profissional experiente, que não nega repassar o seu saber. No final há uma bibliografia preciosa indicada pelo autor para quem queira aprofundar-se no tema, um apontamento seguro e parcimonioso sobre quais autores podem incontornavelmente contribuir com os tópicos e objetivos propostos.